O que são geoelmintos?

Geoelmintos (geo-helmintos, STHS) são um grupo de parasitas intestinais causando infecção humana através do contato com ovos do parasita ou larvas que se desenvolvem em solo quente e úmido e pertencem à classe Nematoda,que inclui lombrigas (Ascaris lumbricoides), Trichuris (Trichuris trichiura) e dois ancilostomídeos (Ancylostoma duodenale e Necator americanus (OJHA,2014).


Ascaridiase

O tempo de vida estimado de vermes adultos de A. lumbricoides é um a dois anos. A prevalência global superior de ascaridíase é atribuído principalmente a duas razões. Em primeiro lugar, a fêmea adultos A. lumbricoides verme que tem uma notável capacidade de produzir descendentes. Estima-se que um único verme pode liberar cerca de 27 milhões de ovos durante o curso de uma infecção. Em segundo lugar, os ovos de Ascaris lumbricoides são muito resistentes e têm um revestimento proteico externo e a parede de ovo de espessura que os torna extremamente resistentes a condições ambientais extremas durante longos períodos de tempo (OJHA,2014).

Vermes adultos

fonte:http://blogdoenem.com.br/biologia-filo-platelmintos/

Ovo fértil de A.lumbricoides

Fonte:http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/ascaris_01.jpg

Ovo larvado

Fonte:http://fcfrp.usp.br/dactb/Parasitologia/Arquivos/Genero_Ascaris_arquivos/image009.jpg

Ovo embrionado

 Fonte:http://fcfrp.usp.br/dactb/Parasitologia/Arquivos/Genero_Ascaris_arquivos/image005.jpg

Ovo infértil

Fonte:http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/ascaris_15.jpg

Tricuríase

Embora a maioria dos indivíduos infectados permanecem assintomáticos, um número significativo de pacientes com TRICURÍASE, especialmente crianças com infecções massivas de longa data, tem síndrome dysenteric que se apresenta com diarréia crônica com muco, prolapso retal, anemia por perda de sangue crônica e deficiência de ferro, desnutrição protéico-energética e atraso de crescimento. Os vermes adultos têm a capacidade de perturbar a arquitetura normal da mucosa do cólon. Alguma perda de sangue direta também ocorre no local de ligação do parasita e ulceração (OJHA,2014).

Ovo de T. Trichuris

 Fonte:http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/ovo_trichiura_1.jpg

Vermes Adultos

Fonte:http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/adulto_ttrichiura.jpg

Ancilostomíase ( ancilostomíase e Necatoriasis )

Ancilostomíase humana é causada pelos parasitas nematóides Necator americanus e Ancylostoma duodenale . Ambas as espécies compartilham um ciclo de vida comum. A transmissão ocorre larva ou por penetração directa da pele , geralmente através dos pés , ou através da via fecal -oral.Após a entrada no tracto gastrointestinal , a larva muda duas vezes ( mais de cerca de dois meses ) para se tornar vermes adultos maduros . Os vermes adultos vivem com suas extremidades anteriores cavou fundo dentro da mucosa do duodeno distal e jejuno proximal (OJHA,2014). 

Ovo de Ancilostomídeo

Fonte:http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/ovos_ancilostomideo_2.jpg

Ovo contendo a larva

Fonte:http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/ovos_ancilostomideo_6.jpg

Artigo de Revisão 

Geoelmintos: importância para a saúde pública 

Suvash Chandra Ojha1, Chayannan Jaide2, Natini Jinawath2, Porpon Rotjanapan2, Pankaj Baral1

1 Faculty of Science, Mahidol University, Bangkok, Thailand

2 Faculty of Medicine, Ramathibodi Hospital, Mahidol University, Bangkok, Thailand

Introdução

A prevalência mundial de geoelmintos e seu lugar único na biologia evolutiva têm atraído foco de pesquisas. Estes principais nematóides intestinais transmitidas pelo solo que causam doenças humanas são a lombriga nematóide (Ascaris lumbricoides), o Trichuris (Trichuris trichiura) e as duas tênias (Ancylostoma duodenale e Necator americanus), muitas vezes referido coletivamente como geoelmintos. Estudos de geohelminthiasis em crianças mal nutridas em regiões em desenvolvimento relatam que geoelmintos contribuiem para o crescimento atrofiado e comprometimento cognitivo. Descobertas sobre imunologia lançaram luz sobre o papel modulador do parasita no sistema imune do hospedeiro e tem definido o papel das células T no controle da infecção por geohelmintos. Técnicas de biologia molecular recentes criaram uma oportunidade para analisar a interação entre parasitas e seus hospedeiros no nível molecular.

Diagnóstico

Pacientes com dor abdominal intermitente, perda de apetite, diarreia, náuseas, vômitos, febre e prurido perianal deve ser altamente suspeito de ter geohelmintiasis. No entanto, a fase diarreica da infecção não pode ser distinguida de outras infecções bacterianas, virais e protozoários.

Embora os sinais clínicos podem evocar a suspeita de geohelminthiasis, o diagnóstico continua a ser dependente do isolamento e identificação de geoelminto a partir das fezes.

Tratamento

De acordo com as orientações da OMS [124,125], quando um diagnóstico presuntivo de geohelminthiasis é feita, todos esses pacientes devem ser tratados com um medicamento anti-helmíntico

Prevenção

Medidas de controle de saúde são , na melhor das hipóteses , as estratégias de longo alcance para o controle de geohelminthiasis em países tropicais.

Objetivo

Este trabalho teve como objetivo  fazer  uma revisão da literatura e analisar a prevalência de geohelminthiasis nos países em desenvolvimento,  fazer associação entre geoelmintos e a saúde pública, analisar recursos de diagnóstico e aspectos terapêuticos e preventivos dessas grandes parasitoses transmitida pelo solo helminto (STH) patógenos em seres humanos.

 Conclusão

Geohelmintiasis, que continua a ter um impacto global, não pode ser adequadamente controlada com as medidas de prevenção e tratamento existentes. Estratégias inovadoras contra os geoelmintos mais comuns poderia proporcionar benefícios substanciais. Este estudo enfatiza a necessidade de uma abordagem multi-setorial para reduzir a morbidade e mortalidade associada a infecções geohelminticas a tais níveis  para que estas infecções não sejam mais uma preocupação de saúde pública.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24423707.